Dia Mundial da Alimentação reforça a importância de “não deixar ninguém para trás"


14/10/2022 - Atualizado em 14/10/2022 - 690 visualizações

 “Não deixar ninguém para trás – melhor produção, melhor nutrição, melhor meio ambiente e uma vida melhor”

Dia Mundial da Alimentação foi criado com o intuito de desenvolver uma reflexão a respeito do cenário da alimentação mundial. A data foi escolhida para lembrar a criação da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), em 16 de outubro de 1945. A primeira comemoração da data ocorreu no ano de 1981, quando o tema abordado foi “A comida vem primeiro”.

Neste ano, a data tem como tema “Não deixar ninguém para trás”, e está ancorada em quatro pilares: melhor nutrição, melhor produção, melhor ambiente e melhor qualidade de vida. O tema traz o desafio da ampliação de acesso aos alimentos e da redução das desigualdades, sobretudo no período pós pandemia agravado pela guerra entre Ucrânia e Rússia.

Atualmente, 33 milhões de brasileiros convivem com a fome diariamente, 338 mil são catarinenses e correspondem a 4,6% da população do estado enfrentando o estágio mais grave da insegurança alimentar.

No Brasil, uma alimentação de qualidade é um direito de todos, sendo assegurado por lei.

A Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (Lei 11.346/06) estabeleceu que “a alimentação adequada é direito fundamental do ser humano, inerente à dignidade da pessoa humana e indispensável à realização dos direitos consagrados na Constituição Federal, devendo o poder público adotar as políticas e ações que se façam necessárias para promover e garantir a segurança alimentar e nutricional da população”.

Também definiu segurança alimentar como “acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis”.

Em 2010, a alimentação foi reconhecia como um direito social, e por meio da Emenda Constitucional 64/10 foi incluída no artigo 6º da Constituição Brasileira, que atualmente tem a seguinte redação: “são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados”.

A resposta institucional do Sesc para a questão da fome

O Mesa Brasil Sesc é uma rede nacional de bancos de alimentos e colheita urbana, que tem como missão "contribuir para a segurança alimentar e nutricional de pessoas em vulnerabilidade social, mediante a distribuição de alimentos doados por parceiros, o desenvolvimento de ações educativas e a promoção da solidariedade social em todo o país”.

Desde 2003, o programa arrecada alimentos excedentes ou fora dos padrões de comercialização, mas ainda próprios para consumo em parceiros doadores, e entrega em instituições sociais sem fins lucrativos, combatendo o desperdício de alimentos e contribuindo para a cidadania, sustentabilidade e realização do Direito Humano à Alimentação Adequada.

O Mesa Brasil Sesc integra a Rede Brasileira de Bancos de Alimentos, é certificado pela Global Foodbanking Network e desenvolve ações alinhadas aos ODS: 2 (Fome zero e agricultura sustentável), 12 (Consumo e produção responsáveis) e 17 (Parcerias e meios de implementação).

De janeiro a setembro deste ano, o Programa distribuiu 2.307.339Kg de alimentos para 498 Instituições Sociais em 64 municípios do estado, contribuindo para a segurança alimentar de mais de 70 mil pessoas.

Celebração da data no Sesc

Para celebrar a data, o Mesa Brasil Sesc SC realizou em parceria com o Senac, um workshop virtual sobre alimentação adequada e saudável e aproveitamento integral dos alimentos, compartilhando a receita e modo de preparo do Hamburguer caseiro de pão de beterraba. 

Na receita, foi utilizado purê de beterraba para incrementar o valor nutricional do pão, acompanhado de chips de casca de banana. O tradicional hambúrguer de carne pode ser substituído por hambúrguer de leguminosas, como lentilha. Participaram do workshop 154 pessoas de 112 Instituições Sociais cadastradas em diferentes cidades do estado.


Colaboração: Letícia Zago, Nutricionista CRN10 0835 - Divisão de Programação Social  do Sesc-SC

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