Joinville, a maior cidade de Santa Catarina e referência
nacional em cultura, se prepara para sediar a segunda edição do Festival
de Violões, realizado pelo Sesc. O evento acontece de 07 a 10 de
agosto, com programação gratuita, e contará com a participação
de renomados artistas nacionais como os violonistas Guinga (RJ), Rogério Caetano
(GO) e Marco Pereira (SP), além de importantes nomes estaduais como o Trio
Mulheril, formado por Angela
Coltri (flauta) e Natalia Livramento (7 cordas) e Thayan Martins (pandeiro), e o violonista Ney Souza, que irá lançar seu álbum multimídia
Itajahy, combinando o violão solo a projeções visuais e animação 2D.
As apresentações acontecem no Teatro do Sesc Joinville, na Rua
Itaiópolis, 470 - América. Como ingresso social, o público é convidado a
doar itens de higiene pessoal na entrada. As doações são direcionadas a
crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional ou familiar no
estado de Santa Catarina, atendidas pelo Programa Novos Caminhos (PNC) do
Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).
Além dos concertos, a programação contará com roda de choro aberta ao público e
aos instrumentistas, lançamento de livro sobre o violão 7 cordas e exposição de
instrumentos do Schafhauser Ateliê de Luteria de Violões, mostrando o
passo a passo para a construção de um violão.
Durante os quatro dias de festival, o público terá ainda a oportunidade
de participar de oficinas ministradas pelos renomados músicos, abrangendo diferentes
conceitos e técnicas do violão, voltadas para músicos e público interessado. As
oficinas acontecem no Sesc Joinville e as inscrições gratuitas podem ser
realizadas pelo site Sesc-SC.
O Festival de Violões do Sesc Joinville vai proporcionar à comunidade
uma oportunidade única de se envolver com a riqueza artística do violão. É
também uma excelente oportunidade para expandir o repertório musical e
valorizar o violão brasileiro como um símbolo cultural de grande
importância.
Sobre os(as) violonistasque compõem a programação do Festival:
Guinga é um compositor e violonista brasileiro, reconhecido por sua
originalidade e habilidade no violão. Nascido no Rio de Janeiro em 1950,
iniciou sua jornada musical ainda jovem, com a composição de músicas aos 16
anos. Reconhecido no Brasil e no exterior, é um dos músicos mais premiados
por suas composições, que somam mais de 300. Foi indicado ao Grammy Latino por
três anos consecutivos e recebeu em 2002 o prêmio Rival - Petrobras de melhor
compositor brasileiro. Suas obras foram gravadas por inúmeros artistas,
incluindo Elis Regina, e atuou como violonista ao lado de grandes nomes da
música popular brasileira, como: Clara Nunes, João Nogueira, Beth Carvalho
Leila Pinheiro, Ivans Lins, Mônica Salmaso, Alaíde Costa e até mesmo Cartola,
com quem gravou O Mundo É um Moinho, no disco do sambista. A obra
desse artista é reconhecida como sinônimo de beleza, bom gosto e muito apuro
estético, com harmonias bem elaboradas e belíssimas sequências de acordes,
muitas vezes usando as cordas soltas do violão de uma forma única.
Rogério Caetano é músico, violonista, arranjador, produtor musical e compositor
brasileiro, natural de Goiânia. Bacharel em Composição pela Universidade de
Brasília e Mestre em Música pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é um
premiado virtuose e referência do violão de 7 cordas de aço. Possui um método
destinado ao instrumento (Sete Cordas, Técnica e Estilo em parceria com Marco
Pereira) e uma discografia com 14 álbuns. Agraciado nos Prêmios da Música
Brasileira, Prêmio Profissionais da Música, IMA (Independent Music Awards-EUA)
e indicado ao Grammy Latino 2021 (Melhor Disco Instrumental). Vem difundindo
sua arte realizando concertos e workshops por todo o Brasil e em países como
Alemanha, França, Itália, Espanha, Áustria, Portugal, Holanda, Bélgica, EUA,
China, Índia, Israel, Turquia, África do Sul e Equador. Já gravou com Jôao
Bosco, Zeca Pagodinho, Beth Carvalho, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Nana
Caymmi, Ivan Lins, Alcione, Dona Ivone Lara, Monarco, Mauro Diniz, Zélia
Duncan, Diogo Nogueira, Teresa Cristina Roberta Sá, entre vários outros.
Marco Pereira é natural de São Paulo, onde estudou violão e cursou Teoria Musical no
Conservatório Dramático e Musical de São Paulo e na Universidade de São
Paulo-USP. Viveu na França por cinco anos, onde recebeu o título de Mestre em
Violão pela Université Musicale Internationale de Paris e obteve forte
influência jazzística e da música latino-americana, o que caracterizou,
especialmente, o seu trabalho de composição. De volta ao Brasil, criou na
Universidade de Brasília, os cursos de Violão Superior e Harmonia Funcional.
Atuou em gravações com diversos artistas, como Gilberto Gil, Gal Costa,
Tom Jobim, Wagner Tiso, Zélia Duncan, Edu Lobo, Cássia Eller, Zizi Possi, Paulinho
da Viola, Milton Nascimento, Leila Pinheiro, e Nelson Gonçalves, e suas obras
para violão têm sido gravadas e tocadas em concerto por grandes intérpretes
americanos e europeus. É professor adjunto no Departamento de Composição da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e tem lançado com regularidade
trabalhos didáticos de grande relevância para a literatura violonística
brasileira.
Trio Mulheril é um importante grupo de mulheres instrumentistas que se reuniram
para promover o protagonismo feminino na música instrumental e valorizar as
compositoras mulheres da história da música brasileira. Realizam a tradicional
Roda de Choro Mulheril, todos os sábados, no centro da cidade de Florianópolis, com a participação
do grupo completo composto exclusivamente por mulheres. No Trio Mulheril, apresentam-se suas idealizadoras Angela
Coltri, na flauta, Natalia Livramento, no violão 7 cordas, em companhia de
Thayan Martins, no pandeiro, reconhecidas musicistas em destaque no cenário
musical instrumental brasileiro. O repertório do show reúne obras autorais das
idealizadoras e tributos a compositoras referências fundamentais na história do
Choro no Brasil.
Ney Souza é violonista, arranjador e compositor
catarinense. Há 15 anos atua dentro do universo da música instrumental, no qual
se apresentou por diversas regiões do Brasil e do mundo, como músico
acompanhador e solista. Participou como diretor musical em projetos autorais de
artistas de Santa Catarina e se apresentou ao lado de grandes instrumentistas brasileiros,
como Arismar do Espírito Santo, Maurício Carrilho e Alessandro Penezzi.Em
2024, lançou seu projeto "Aconcagua”, ao lado da cantora peruana Nicole Ruju,
com um repertório que celebra a riqueza da música latino-americana. Em 2025, lançou
"Itajahy", seu primeiro trabalho com violão solo de estreia, que
combina composições autorais com uma experiência visual única, retratando a
cidade de Itajaí. O músico ainda se dedica à educação musical através de
projetos pedagógicos e ministra diversas oficinas.