
Em comemoração ao Dia Nacional da Saúde (05/08), o Sesc promove o projeto Sesc Saúde, com foco nas Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). O projeto, que ocorre todos os meses com temáticas diferentes, tem objetivo de oferecer à comunidade o acesso a informações que promovam a qualidade de vida através da mudança de hábitos e o cuidado da saúde com foco na prevenção e controle de saúde periódico. Confira a programação de cada Unidade em http://ww2.sesc-sc.com.br/evento/17/null Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são consideradas um sério problema de saúde pública, e já são responsáveis por 60% das mortes no mundo. Estas doenças são resultado de diversos fatores, determinantes sociais e condicionantes, além de fatores de risco individuais como tabagismo, consumo nocivo de álcool, inatividade física e alimentação inadequada. As quatro DCNT de maior impacto mundial são as doenças cardiovasculares, diabetes, câncer e doenças respiratórias crônicas. Nesta ação serão realizados testes de saúde de pressão arterial, glicemia e colesterol, além da verificação de peso, altura e cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) e Relação Cintura Quadril (RCQ). Também serão repassadas orientações de saúde sobre a prática de atividades físicas e alimentação saudável, controle do tabagismo e consumo excessivo de álcool. Priorizando essencialmente a ação preventiva e o estímulo aos hábitos saudáveis no dia a dia, o Sesc contribui para melhorar a qualidade de vida da comunidade oferecendo, gratuitamente, em todas as Unidades no estado, ações educativas e preventivas sobre Saúde. Confira abaixo artigo da nutricionista do Sesc em Laguna, Francine Amboni, sobre alimentação funcional e a relação com Doenças Crônicas Não Transmissíveis.
Alimentação funcional e a relação com Doenças Crônicas Não Transmissíveis
A busca da saúde através da alimentação vem desde a antiguidade, como citado pelo filósofo grego Hipócrates: “que o alimento seja seu medicamento e o medicamento seja o seu alimento”. O conceito de alimentos funcionais surgiu no início dos anos 80 no Japão, a partir da preocupação com os problemas de saúde associados ao aumento da expectativa de vida da população.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as Doenças Crônicas Não Transmissíveis já são responsáveis por 72% das mortes ocorridas no Brasil, sendo que, no mundo, esse valor corresponde a 60%. A OMS acredita que 80% são provenientes de problemas do coração, Acidente Vascular Encefálico, e Diabetes tipo II, e 40% dos casos de câncer poderiam ser evitados se corrigíssemos nossos hábitos alimentares.
A nutrição funcional procura estabelecer o equilíbrio do organismo, analisando a relação entre as células e os nutrientes. Cada célula do nosso corpo depende de certos nutrientes para um bom funcionamento e as doses variam de pessoa para pessoa, de acordo a individualidade genética. É necessário um consumo regular dos alimentos funcionais a fim de que seus benefícios sejam alcançados. Sugere-se como base da alimentação os alimentos frescos – como frutas, peixes e legumes – ou minimamente processados – como arroz, feijão, cereais integrais e frutas secas.
É recomendado evitar os alimentos ultraprocessados, como macarrão instantâneo, salgadinhos ou sopas de pacote e refrigerantes, pois contém alta adição de substâncias prejudiciais ao organismo, e na fase de processamento vários nutrientes são perdidos. A utilização de alimentos na diminuição de riscos de doenças crônicas não transmissíveis vem motivando o progresso de novas pesquisas que elucidem os efeitos benéficos dos elementos fitoquímicos ou compostos bioativos das dietas.
Diante de um cenário de evolução da ciência e tecnologia de alimentos, tem se comprovado que a saúde pode ser controlada pela alimentação e que o baixo ou excessivo consumo de alimentos estão associados a indicações de várias doenças. Viver é ficar se equilibrando a todo o momento entre suas escolhas e consequências.
Francine Amboni, nutricionista do Sesc em Laguna.