Exposição “Desvio para o Norte” traz a Amazônia à Galeria de Arte do Sesc Concórdia

Rede Sesc de Galerias 

A Galeria de Arte do Sesc Concórdia recebe a partir do dia 10 de junho a exposição "Desvio para o Norte", do artista multimídia rondoniense Gabriel Bicho. A abertura está marcada para às 19h e contará com a presença do artista. Com visitação gratuita, a mostra fica em cartaz entre os dias 11 de junho e 31 de julho, de segunda a sexta, das 8h às 18h30.

A exposição propõe um deslocamento do eixo narrativo a partir do Norte do Brasil, reunindo trabalhos desenvolvidos por Bicho ao longo da última década. Com uma abordagem crítica e sensível, o artista utiliza técnicas diversas - fotografia, vídeo, instalação, lambe-lambe, arte digital e intervenções públicas -, para refletir sobre os conflitos socioambientais na Amazônia Legal e propor futuros possíveis diante da crise climática e das violações territoriais.

“É fundamental conversar também com o público do Sul do Brasil sobre o que se passa na Amazônia, entendermos que não estamos desassociados da natureza e, sobretudo, que esse ciclo de retroalimentação entre floresta amazônica e Mata Atlântica influencia as nossas vidas há séculos”, afirma Gabriel Bicho.

Entre os destaques da exposição estão o tríptico Oferta (2022), que reinterpreta visualmente cartazes de supermercado para denunciar a comercialização da Amazônia diante do avanço de grandes empreendimentos como as usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia, ou a pavimentação da BR-319, entre Manaus-AM e Porto Velho-RO, trabalho que integra desde 2024 a Coleção de Arte Contemporânea do Museu Reina Sofia, em Madrid, Espanha.

Com curadoria de Gabriela Paiva de Toledo, "Desvio para o Norte" articula memórias pessoais e coletivas marginalizadas, evoca a força da biodiversidade amazônica e propõe uma experiência que mistura ativismo ambiental, ironia, denúncia e lirismo.

Texto por: Erika Artmann - Assessoria de Imprensa

Sobre o artista

Gabriel Bicho é artista visual e curador, graduando em museologia e bolsista Pibe da Sala Verde na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Seu trabalho integra coleções nacionais e internacionais, como Museu Reina Sofía, Museu de Arte do Rio, Museu Nacional de Belas Artes, Museu de Artes Plásticas de Anápolis e o acervo Beverly Mitchell. Ele é artista premiado no 40° Arte Pará na categoria fomento e no Farofa - Festival de Fotografia; participou da 1ª Bienal das Amazônias e da 57ª Bienal de Veneza, com o projeto "Research pavilion: the digital aesthetic in utopia of access". É idealizador dos projetos "ISMP - Imagem Sensível de Memórias Possíveis" e "Muluca | mundo-lugar-casa". Seu trabalho pondera sobre futuros possíveis na Amazônia Legal,

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