Turistas e moradores têm a chance de conhecer um pouco mais da história e da cultura manezinha em programação especial gratuita com dois dias de visitação livre (23) e (26).
Para abrir as atividades, os tradicionais bonecos do bloco carnavalesco mais querido de Floripa: o "Berbigão do Boca".
A história também é retratada em filmes que serão comentados pela própria equipe responsável pelas produções. É o Cine Desterro, com a Mostra de Curtas Manezinhos que exibe: Perto do Mar, Paisagem Urbana, A Pandorga e o Peixe e De Meiembipe a Chuquisaca: a Descoberta do Império Inca.
Fortalecendo nossas tradições ainda tem oficina de criação de Boi-de-mamão ministrada pela Associação Cultural Arreda Boi e o debate "Da Ilha ao Cosmos: um Panorama da Arte e Cultura nos 350 Anos de Florianópolis", com a Fundação Franklin Cascaes.
A grande novidade da semana é o lançamento da nova exposição "Invasão Espanhola de 1777", aberta ao público a partir do dia 22. O visitante terá a oportunidade de saber mais sobre esse período histórico em que a Ilha passou para o domínio espanhol e ainda defender nosso território dos navios de guerra em uma invasão virtual.
O Sesc dá de presente a todos os florianopolitanos, de nascença ou de coração, a oportunidade de visitar o Museu gratuitamente nos dias 23 e 26 de março. Até o final da semana, o público terá a chance de conferir diversas programações que reforçam o orgulho de fazer parte dessa história.
O prédio, onde hoje funciona o Museu, abrigava a antiga Casa de Câmara e Cadeia. As obras começaram em 1771 e foram interrompidas pela invasão espanhola, quando o território passou para o domínio do Rei da Espanha. Para contar melhor esse episódio histórico, o Museu preparou a exposição Invasão Espanhola de 1777
Fonte: "Historia Argentina". Autor: Diego Abad de Santillán. TEA, Tipográfica Editora Argentina. 1971, Buenos Aires, Argentina. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_de_Cevallos
Para celebrar os 350 anos de Florianópolis, o Museu lança sua nova exposição temporária: "Invasão Espanhola de 1777".
A hoje tranquila Praia de Canasvierias foi palco de um conflito transtlântico entre Portugal e Espanha.
Desrespeitando o Tratado de Madri, de 1750, o espanhol Dom Pedro Antonio de Cevallos Cortés y Calderón, aportou na região com mais de cem embarcações de guerra e com poder de fogo muito superior ao português.
Eles tomaram a Ilha de Santa Catarina que foi incorporada ao território espanhol que, até então, pertencia à Coroa Portuguesa.
Em 26 de fevereiro, os comandados de Dom Pedro de Cevallos chegaram à Vila de Nossa Senhora de Desterro, quando muitos militares deixaram seus postos diante da desproporção numérica e bélica que inviabilizava qualquer reação portuguesa.
Os espanhóis declararam a ilha terra do rei da Espanha. Rezaram uma missa na catedral e saudaram Dom Pedro de Cevallos como um herói.
Somente após a assinatura do Tratado de Santo Idelfonso, em 1° de outubro de 1777, os portugueses retomaram o controle da Ilha de Santa Catarina não na base da guerra, mas da diplomacia. Em troca, entre outras coisas, deixavam de vez a Colônia de Sacramento para os espanhóis.*
A escolha do tema para a programação do aniversário de Florianópolis para a exposição primeiro é por ser uma história pouco conhecida pela população, que a Ilha esteve sob domínio espanhol durante um ano e quatro meses, entre 1777 e 1778 e mostra a importância da posição estratégica da ilha de Santa Catarina para ocupação do sul do Brasil.
"Quando ocorre a invasão é mais um fato histórico sobre a disputa territorial pelo sul do Brasil (Santa Catarina e Rio Grande do Sul), o Rio do Prata, o Uruguai e a Argentina, entre Portugal e a Espanha. Tanto, que essa invasão é depois a moeda de troca entre Portugal e Espanha para de fato esse território aqui se consolidar como português, Santa Catarina e Rio Grande do Sul enquanto Uruguai e Argentina são reconhecidos como território Espanhol. Até então ainda existiam muitas disputas.
A importância da exposição é também contar esse passado, esse pedaço da história que pouca gente conhece...
Cristina Maria Dalla Nora, Museóloga do Sesc
09:00 - Exposição de Bonecos do Berbigão do Boca
11:00 - Cine Desterro: Mostra de Curtas Manezinhos
Perto do Mar. Direção: Zeca Pires. Mundo Imaginário Produções. 2002. -
Paisagem Urbana. Direção: Pedro MC. Cinemática. 2007.
A Pandorga e o Peixe. Direção: Kátia Klock e Ivan De Sá. Contraponto. 2014.
De Meiembipe a Chuquisaca: a Descoberta do Império Inca. Direção: Carolina Borges de Andrade. Arrebol Produções. 2018.
14:00 - Oficina de criação de Boi-de-mamão com a Associação Cultural Arreda Boi
16:00 - Da Ilha ao Cosmos: um Panorama da Arte e Cultura nos 350 Anos de Florianópolis. Debate com o Pesquisador Marcelo Seixas e Roseli Pereira, Presidente da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes.
09:00 - Abertura da Exposição Invasão Espanhola de 1777
11:00 - Exposição de Feitio de Cerâmica com Ilson Roberto dos Santos, professor da Escola de Oleiros de São José
14:00 Antes da invasão, Espanha na Ilha: naufrágios e tesouros - Exibição e debate com a equipe de produção do filme “De Meiembipe a Chuquisaca: a descoberta do Império Inca”
16:00 - Debate da Exposição "Invasão Espanhola de 1777"
Visitação ao Museu Gratuita
10:00 - Encontro de Rendeiras com o Grupo de Rendeiras do Sambaqui
11:00 - Tour Cultural pelo Centro de Florianópolis com o artista Bruno Barbi
13:00 - Cine Desterro: Mostra de Curtas Manezinhos
14:00 - Contação de histórias com Cia Mafagafos: “Boi malhado, boi dobrado” e outras histórias...
15:00 - Apresentação de Cantiga de Ratoeira com o Grupo de Rendeiras do Sambaqui
10:00 - Exposição de Bonecos do Berbigão do Boca
14:00 - Oficina de fantoches em dobradura: As bruxas da Ilha da Magia, por Júlia Oliveira
16:00 - Cine Desterro: Mostra de Curtas Manezinhos
10:00 - Exposição de Feitio de Cerâmica com Ilson Roberto dos Santos, professor da Escola de Oleiros de São José
11:00 - Visita mediada ao Museu de Florianópolis com a modista do Desterro, Pauline Kisner
13:00 - Cine Desterro: Mostra de Curtas Manezinhos
14:00 - O cinema em Florianópolis: primórdios, presente e futuros possíveis. Debate com os cineastas Zeca Pires e Maria Emília.
15:00 – Coletivo Abayomi apresenta: Cantos e danças rituais de re-existência. DUNUMBA de rua África-Brasil com Sekouba Oulare
Visitação ao Museu Gratuita
10:00 - Encontro de Rendeiras com o Grupo de Rendeiras do Sambaqui
11:00 - Visita mediada ao Museu de Florianópolis com Valdir Agostinho
13:00 - Oficina de Artesanato em tarrafa, por Tania da Cunha
14:00 - Vou botar meu Boi na rua: Apresentação de Boi-de-mamão com a Associação Cultural Arreda Boi
13:00 - Apresentação de Cantiga de Ratoeira com o Grupo de Rendeiras do Sambaqui .
Valor do Ingresso: R$ 10,00 normal. R$ 5,00 meia entrada
Endereço: Museu de Florianópolis Praça XV de Novembro, 214, Centro CEP 88010-400 - Florianópolis/SC
Contato: Telefone: + 55 48 3222-1333 WhatsApp: 98871-9946 E-mail: museu@sesc-sc.com.br
O Museu de Florianópolis é fruto do contrato de licitação firmado entre o Serviço Social do Comércio (Sesc-SC) e a Prefeitura Municipal de Florianópolis, que concedeu a gestão do prédio da Casa de Câmara e Cadeia pelo período de 20 anos, renovável por igual período.
Baseado em um conceito inovador que vai além dos modelos tradicionais, o Museu de Florianópolis traz características dos museus históricos, preservando a memória da Capital catarinense, ao mesmo tempo em que olha para o tempo presente para compreender a complexidade das questões contemporâneas da cidade, de modo a abrir um diálogo para o futuro.
Utilizando diferentes tecnologias e expondo acervos importantes, o espaço deve se posicionar no cenário museológico do município como um interlocutor para abordar questões emergentes, trazer diferentes vozes da população, pensar a história e discutir o amanhã, tendo como prioridade o interesse público e ações de democratização do acesso e do conhecimento sobre a própria cidade, a história de seus povos e as diferentes expressões culturais.